Europa - Ambiente, Energia e Território

 

Emissão de gases com efeito de estufa 

    

    Quem nunca ouviu falar dos gases com efeito de estufa?    

    A emissão de gases com efeito de estufa é um aspecto muito importante para a União Europeia, que tem diligenciado grande esforço para os diminuir, utilizando um mecanismo de vigilância em que acompanha regularmente as emissões e a absorção desses gases. Estes esforços têm sido recompensados pela diminuição anual consecutiva desde 2004 até 2009 de 568052 toneladas, tendo esta tendência sido invertida apenas no ano de 2010. Durante este ano as emissões de gases com efeito de estufa na Europa aumentaram 0,2% justificados pelo ligeiro crescimento económico e um Inverno mais rigoroso (fonte: Agência Europeia do Ambiente). Em 2009 tinha-se registado o fenómeno inverso com uma queda de 0,66%, em parte devido à recessão económica e que foi, no período em estudo, a maior variação registada.

 

O caso de Portugal

 

     Também Portugal tem definido estratégias para responder ao desafio da redução das emissões de gases com efeito de estufa.

    Em Portugal as emissões verificadas têm-se reduzido de ano para ano, sendo que em 2010 as emissões se situaram em 70.599 milhares de toneladas. A variação total desde 2000 foi de 1,31%.

     Comparando ambas as percentagens com que cada sector contribui para a emissão de gases com efeito de estufa, na Europa e em Portugal no ano de 2010, reparamos que três sectores têm percentagens semelhantes que variam apenas 1 ponto percentual – agricultura (10% EU e 11% PT), indústrias transformadoras e de construção (12% EU e 13% PT) e processos industriais (7% EU e 8% PT). No sector que mais contribui para a poluição na EU encontra-se a indústria da energia, com 30%, e em Portugal este sector é o dos transportes, com 27%. Os resíduos na EU têm um valor residual de 3% enquanto que em PT este valor é de 10%, o que se deve em parte à má gestão de resíduos e má regulamentação neste âmbito.

    Tanto em PT como na EU estes valores quase não se alteraram desde 2000, apenas tendo havido uma pequena transferência da percentagem das indústrias para os transportes em PT, e que é explicado pelo aumento das cidades para áreas suburbanas e por um crescimento acentuado dos transportes, especialmente os rodoviários, que exercem uma enorme pressão sobre o ambiente. É certo que os avanços tecnológicos nos sectores de construção automóvel e dos combustíveis têm permitido reduzir alguns dos impactes negativos sobre o ambiente, não sendo, no entanto, suficientes para compensar a crescente intensidade de tráfego.

    Em suma, as nossas previsões para os próximos cinco anos apontam para uma diminuição gradual das emissões de gases com efeito de estufa, o que é compatível com a tendência que se tem observado em relação ao cumprimento das metas da União Europeia. Em 2015 as toneladas emitidas serão cerca de 4624,7 milhares, o que representa uma diminuição de cerca de 453,4 milhares de toneladas desde 2000.


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